Especial Francisco Di Franco
O Filho Adotivo
Direção: Deni Cavalcanti
Brasil, 1984.
Por Adilson Marcelino
Muitos astros da música sertaneja também foram parar nas telas do cinema brasileiro: Tonico e Tinoco, Milionário e Zé Rico, Nhá Barbina e Almir Rogério são alguns exemplos. E não poderia faltar mesmo um de grande apelo popular como o cantor, compositor e ator Sérgio Reis. Grande sucesso na primeira versão de O Menino da Porteira (1977), de Jeremias Moreira Filho, ele protagonizou mais dois filmes nos anos 1970 e 80: Mágoa de Boiadeiro (1978), também de Jeremias Moreira Filho, e esse O Filho Adotivo, de Deni Cavalcanti.
Em O Filho Adotivo ele volta a encarnar Diogo, peão que percorre o país com suas comitivas e sempre com o violão ao lado. Na trama, um jovem peão de rodeio de nome Dioguinho compra as terras vizinhas do Coronel Jatobá, e deixa o velho indignado, pois queria adquirir a fazenda. Para completar, desperta a paixão na filha do manda-chuva, a bela Marina (Tássia Camargo). E é com a ajuda de Sérgio Reis, o Diogão, que Dioguinho enfrentará a ira do coronel.
Ao contrário dos outros filmes, O Filho Adotivo foi fracasso comercial em seu lançamento. Talvez pela forma frouxa como Deni Cavalcanti regeu atrama, por si só, bastante frágil e com conflitos e resoluções simplificados. Mas há um certo charme na ingenuidade com que aquele universo nos é apresentado.
Sérgio Reis não só protagonizou o filme como também co-produziu junto com Deni Cavalcanti, e canta um de seus maiores sucesso: a maliciosa Panela Velha – acompanhado de Caçulinha. Destaques para a presença do cantor, compositor e humorista Zé Coqueiro, fiel escudeiro de Sérgio Reis no filme, uma aparição surpreendente da atriz Norma Bengell como uma mulher à beira da morte que selará o destino dos inimigos, e os atores Francisco Di Solange Teodoro. O argumento e roteiro são assinados pelo novelista Benedito Ruy Barbosa.