Entrevista com Júlio Calasso
Por Gabriel Carneiro
Fotos: Pedro Ribaneto
Diretor de um única longa pra cinema – O Longo Caminho da Morte, vinculado, pela historiografia, ao Cinema Marginal -, Júlio Calasso Júnior, 71 anos, atualmente prepara um novo filme, o documentário Nas Quebradas do Mundaréu, sobre o dramaturgo Plínio Marcos. O filme nasce de um desejo de Calasso em retratar a linguagem e o processo teatral, coisa que começou a investigar depois que mudou para o Rio de Janeiro, no final dos anos 90, e a trabalhar no CETE, Centro Experimental Teatro Escola, registrando em sua câmera de fita mini-DV os processos e os espetáculos.
Calasso também tem longo passado no teatro, mas não documentando, e sim atuando. Já fez peças nos teatros Oficina e Arena, entre outros, além de ter atuado em dezenas de filmes, especialmente curtas, mas também em longas relevantes para a história do cinema paulista, como Sargento Getúlio, Filme Demência, A Dama do Cine Shanghai, entre outros.
Calasso é uma figura multifacetada. Já foi produtor de show, de eventos, dono de lavanderia, de padaria, etc e tal. No cinema, também foi o produtor de filmes emblemáticos do chamado Cinema Marginal, como O Bandido da Luz Vermelha, República da Traição e Prata Palomares.
Em entrevista exclusiva para a Zingu!, em sua casa no Butantã (São Paulo/SP), o diretor e ator contou de sua trajetória, sem deixar de falar, em boa dose, da vida. Novidade desta edição: você também poderá assistir trechos da entrevista, no nosso canal do Youtube.
Parte 2: O Bandido da Luz Vermelha e o cinema marginal