Dossiê Jair Correia
Entrevista com Jair Correia
Por Gabriel Carneiro
Jair Correia dirigiu apenas três longas, nos anos 1980, todos usando um clima tenso, belas mulheres, e, mesmo que feito na Boca do Lixo, muito diferentes do que a região produzia. O que mais gosta e mais foi premiado, parece perdido: Duas Estranhas Mulheres, de 1981. Depois fez um dos filmes mais caros da história da Boca do Lixo, Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor, em 1982. Por último, seu filme mais famoso e que tem lhe garantido repetidas lembranças entre os fãs do cinema de gênero, o primeiro – e um dos únicos – slasher nacional. Correia nega qualquer ligação entre Shock, de 1983/84, e o subgênero, mas não precisa ir muito longe para se ver o uso de convenções narrativas.
Correia, um expressivo artista multimídia, conversou com a Zingu!, por email, não só sobre seu tempo de diretor. Regressamos à infância e ao começo nas artes, além de todo seu aprendizado no cinema, como assistente de direção e montador, e sua amizade com o cineasta Egydio Eccio.
Parte 1: Infância e inspirações artísticas
Parte 2: Primeiros passos no cinema