Dossiê Alfredo Sternheim
O Alfredinho Sternheim é um cara genial. Existem algumas pessoas que te davam prazer em trabalhar junto e ele é uma dessas pessoas. Quando eu parti pra me tornar fotógrafo, foi o Galante que me chamou pra fazer uma fita com o Alfredinho. Nós já tínhamos trabalhado juntos quando eu era apenas assistente de câmera. Dentro da Boca, ele sempre foi um super diretor, um cara com gabarito, nível. Sempre percebemos que ele tinha um grande conhecimento de cinema. Então, era um cara que conhecia mesmo e era jornalista também. Eu pensei comigo: “Fotografar pra um cara desse aí não vai ser fácil”. Então você fica meio perdido…aí ele foi me dando liberdade de tudo, criamos um entrosamento que virou uma grande parceria. Eu queria ter feito junto com o Alfredinho vinte, trinta, quarenta filmes. Porque ele foi um cara maravilhoso, conversava com você, te ouvia e dava tempo para o trabalho sair legal. Além disso, era um cara sempre com um astral lá em cima. Esses meus dois trabalhos com o Alfredinho foram ótimos e eu gostaria de ter trabalhado mais vezes com ele.
Luiz Antônio de Oliveira, o Luizinho, diretor de fotografia e assistente de câmera. Trabalhou com Alfredo Sternheim como assistente de câmera em Amor de Perversão (1982) e como diretor de fotografia em Brisas do Amor (1982) e Tensão e Desejo (1983).