Dossiê Inácio Araujo
Por Gabriel Carneiro
Fotos: Pedro Ribaneto
Inácio Araujo hoje é muito mais conhecido como o notável crítico da Folha, que assina diariamente a coluna de filmes para TV e consegue, surpreendentemente, em poucas palavras dizer o que é um filme. O que muitos não sabem é que, antes de ingressar no jornal em 1983, Inácio foi um importante montador e roteirista da Boca do Lixo. Montou para pessoas como Osvaldo de Oliveira, Roberto Mauro e Mazzaropi, aprendendo seu ofício com o mestre Sylvio Renoldi. Escreveu 6 filmes: O Gosto do Pecado, O Fotógrafo, Tchau Amor, Amor, Palavra Prostituta, Filme Demência, e, claro, sua única incursão na direção, o episódio Uma Aula de Sanfona, de As Safadas.
Inácio começou trabalhando como jornalista, no Jornal da Tarde, e por um acaso foi parar na Boca do Lixo, onde recebeu o convite para trabalhar como assistente de direção de Ozualdo Candeias, em A Herança. A partir daí, o cinema não deixou mais sua vida. Os três anos e meios em que largou a prática, nos anos 1970, foram fundamentais para conceber sua persona de crítico e pensador. Em entrevista exclusiva para a Zingu!, Inácio relembra toda sua carreira.
Parte 1: Juventude e início como jornalista
Parte 2: Indo para o cinema e aprendendo o ofício de montador
Parte 3: França e a carreira de roteirista
Parte 4: Estreia na direção: Uma Aula de Sanfona
Parte 5: Casa de Meninas, Casa de Imagens e o mundo de hoje