Monique Lafond
Por Adilson Marcelino
Para abrir o Inventário Grandes Musas da Boca ano 2012, nada melhor que escalar um deusa para ninguém botar defeito: Monique Lafond.
Monique Lafond nasceu no Rio de janeiro em 09 de fevereiro de 1954.
Bailarina, começou a carreira artística os 11 anos no teatro em Música Divina Música, uma versão para o sucesso A Noviça Rebelde.
Nascia aí aquela que seria uma das maiores musas, sobretudo do cinema brasileiro.
Logo depois vem a estreia no cinema em Até que o Casamento nos Separe (1968), de Flávio Tambellini.
Durante sua carreira, Monique fará muitos trabalhos no teatro e na televisão – Fogo Sobre Terra (1974) e Coração Alado (1980) foram algumas novelas. Mas é o cinema que se revelará o habitat natural da atriz, que tem no currículo mais de 50 filmes. Posou também para publicações que fizeram a festa dos marmanjos, como Playboy e Ele Ela.
Monique Lafond vai dividir sua carreira entre o Rio de Janeiro – a maior parte dos trabalhos – e São Paulo. E suas atuações na Boca do Lixo vão lhe reservar lugar garantido como uma de suas musas mais amadas.
O currículo da atriz é impressionante, pois atuou com diretores de diferentes correntes.
Um capitulo especial em sua vida é o encontro com a trupe de Os Trapalhões, atuando em quatro filmes do quarteto: Bonga, O Vagabundo (1971), de Victor Lima; Aladim e a Lâmpada Maravilhosa (1973), de J.B. Tanko; Robin Hood – O Trapalhão da Floresta (1974), de J.B.Tanko; Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão (1977), de J.B.Tanko; além de participações na TV.
Outro capítulo especial na carreira da atriz é mais um encontro, dessa vez com Jece Valadão, produtor e protagonista, e Antonio Calmon, diretor, de Eu Matei Lúcio Flávio (1979), em que dá vida à personagem Margarida Maria, sua maior atuação no cinema.
E, claro, o maior de todos foi seu posto garantido como uma das musas de destaque do cinema de Walter Hugo Khouri, com quem atuou em Paixão e Sombras (1977), Eros, O Deus do Amor (1981), Eu (1987), As Feras (1995/2001).
Monique Lafond tem atuações importantes também em filmes de cineastas como Carlos Hugo Christensen, Nelson Pereira dos Santos, David Neves e Tereza Trautman – impossível na registrar sua participação como uma guerrilheira que morre de amores por Alba Valéria no grande sucesso Giselle (1980), e o pioneiro na questão de amor e sexual das lésbicas como protagonista em Amor Maldito (1984), de Adélia Sampaio.
Já propriamente na Boca do Lixo, que lhe reservou posto de musa, a atriz atuou sob a lente de Carlos Coimbra – Independência ou Morte (1972), Os Campeões (1982); J. Marreco – Emanuelle Tropical (1977); Roberto Mauro – Um Menino, Uma Mulher (1980); Antonio Meliande – Prazeres Permitidos (1981), Tudo na Cama (1983); Jair Correia e Hélio Porto – Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor (1982).
Vale destacar a versão brasileira para o sucesso francês Emanuelle, em que Monque arrasa levando homens e mulheres para a cama; e Retrato Falado de Uma Mulher sem Pudor, em que faz a modelo fotográfica Paula, uma mulher independente e liberada que é assassinada na banheira.
Filmografia
– Até que o Casamento nos Separe, 1968, Flávio Tambellini
– Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois, 1969, Flávio Tambellini
– Ascensão e Queda de um Paquera, 1970, Victor di Mello
– Bonga, o Vagabundo, 1971, Victor Lima
– Salve-se quem puder, 1972, J. B. Tanko
– Os Machões, 1972, Reginaldo Farias;
– Independência ou Morte, 1972, Carlos Coimbra
– As Moças Daquela Hora, 1973, Paulo Porto
– Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, 1973, J. B. Tanko
– Robin Hood, O Trapalhão da Floresta, 1974, J. B. Tanko
– Motel, 1974, Alcino Diniz
– Enigma para Demônios, 1975, Carlos Hugo Christensen
– Ipanema, Adeus, 1975, Paulo Roberto Martins
– Com Um Grilo na Cama, 1975, Gilvan Pereira
– Ladrão de Bagdá, 1976, Victor Lima
– O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão, 1977, de J. B. Tanko
– O Pequeno Polegar contra o Dragão Vermelho, 1977, de Victor Lima
– Paixão e Sombras, 1977, Walter Hugo Khouri
– Emanuelle Tropical, 1977, de J. Marreco
– Eu Matei Lúcio Flávio, 1979, Antonio Calmon
– Amante Latino, 1979, Pedro Carlos Róvai
– Um Menino, Uma Mulher, 1980, Roberto Mauro
– Prazeres Permitidos, 1981, Antonio Meliande
– Eros, O Deus do Amor, 1981, Walter Hugo Khouri
– A Mulher Sensual, 1981, Antonio Calmon
– Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor, 1982, Jair Correia e Hélio Porto
– Luz Del Fuego, 1982, David Neves
– O Fuscão Preto, 1982, Jeremias Moreira Filho
– Os Campeões, 1982, Carlos Coimbra
– Giselle, 1983, Victor di Mello
– Tudo na Cama, 1983, Antonio Melliande
– Amor Maldito, 1984, Adélia Sampaio
– Memórias do Cárcere, 1984, Nelson Pereira dos Santos
– Fulaninha, 1986, David Neves
– Sonhos de Menina Moça, 1986, Teresa Trautman
– Leila Diniz, 1987, Luiz Carlos Lacerda
– Eu, 1987, Walter Hugo Khouri
– O Diabo na Cama, 1988, Michele Massimo Tarantini
– Não Quero Falar Sobre Isso Agora, 1991, Mauro Farias
– As Feras, 1995/2011, Walter Hugo Khouri
– Lara, 2002, Ana Maria Magalhães