Virilidade, beleza e talento

Especial Francisco Di Franco

Por Adilson Marcelino

Francisco Di Franco nasceu no dia 7 de maio de 1938.

O começo da carreira foi fazendo pontas e figuração na TV, mas a grande chance surgiu pelas mãos de Amácio Mazzaropi, que o escala para um de seus clássicos: Jeca Tatu (1960), dirigido por Milton Amaral.

A presença em filmes de Mazzaropi vai pontuar suas primeiras experiências no cinema, atuando em As Aventuras de Pedro Malazartes (1960), de Mazzaropi, Tristeza do Jeca (1961), de Mazzaropi, O Vendedor de Linguiças (1962), de Glauco Mirko Laurelli, O Lamparina (1964), de Laurelli, e ainda assinando como Francisco de Souza.

Logo logo, Di Franco vai despertar o interesse de Walter Hugo Khouri, que o escala para pequenas, mas marcantes atuações em O Corpo Ardente (1966) e em seu episódio em As Cariocas (1966). Essas atuações na década de 1960, que ainda conta com O Quarto (1968), de Rubem Biáfora, Meu Nome é Lampião (1969), de Mozael Silveira, Sentinelas do Espaço (1969), de Ary Fernandes, e O Cangaceiro Sem Deus (1969), de Osvaldo de Oliveira, vão carimbar seu passaporte definitivo para o cinema e o transformará em um de nossos mais carismáticos e talentosos atores.

Vale ressaltar que Francisco Di Franco atuará também na televisão, ainda que em menor constância que no cinema, e que é na telinha que vai encarnar o personagem mais popular de sua carreira ao protagonizar o seriado Jerônimo, O Herói do Sertão, exibido na TV Tupi em 1972 e 73 – o ator voltaria a encarnar mais uma aventura do misterioso cavaleiro na produção Jerônimo, produzida pelo SBT em 1984.

Mas é com seu porte viril, sua estampa de galã e a capacidade de dar vida a personagens tão díspares como o angustiado Paulo em Cio – Uma Verdadeira História de Amor (1971), de Fauzi Mansur, o fanfarrão Rodrigo em Um Certo Capitão Rodrigo (1971), de Anselmo Duarte, e o dúbio Leônidas de Cordélia, Cordélia (1971), de Rodolfo Nanni, que Francisco Di Franco inscreveu seu nome na história do cinema brasileiro.

A carreira cinematográfica de Francisco Di Franco vai do início dos anos 60 ao início dos anos 2000, e seu talento é reconhecido por diferentes cineastas que filmam com ele, como João Callegaro, Sérgio Ricardo, Roberto Santos, Reynaldo Paes de Barros, Victor di Mello, Carlos Alberto de Souza Barros, Carlos Coimbra, Carlos Manga, Lenita Perroy, J.B. Tanko, John Herbert e Deni Cavalcanti.

Francisco Di Franco faleceu no dia 10 de abril de 2001.

Filmografia

Especial Francisco Di Franco

Jeca Tatu, Milton Amaral, 1960
As Aventuras de  Pedro Malazartes, Amácio Mazzaropi, 1960
Tristeza do jeca, Amácio Mazzaropi, 1961
O Vendedor de Linguiças, Glauco Mirko Laurelli, 1962
O Lamparina, Glauco Mirko Laurelli, 1964
O Corpo Ardente, Walter Hugo Khouri, 1966
As Cariocas, episódio de Walter Hugo Khouri, 1966
O Quarto, Rubem Biáfora, 1968
Meu Nome é Lmpião, Mozael Silveira, 1969
Sentinelas do Espaço, Ary Fernandes, 1969
O Cangaceiro sem Deus, Osvaldo de Oliveira, 1969
O Pornógrafo, João Callegaro, 1970
Juliana do Amor Perdido, Sérgio Ricardo, 1970
Balada dos Infiéis, Geraldo Santos Pereira, 1970
Sertão em Festa, Osvaldo de Oliveira, 1970
Um Anjo Mau, Roberto Santos, 1971
Pantanal de Sangue, Reynaldo Paes de Barros, 1971
Um Certo Capitão Rodrigo, Anselmo Duarte, 1971
Quando as Mulheres Paqueram, Victor di Mello, 1971
Cio, Uma Verdadeira História de Amor, Fauzi Mansur, 1971
Cordélia, Cordélia, Rodolfo Nanni, 1971
Os Devassos, Carlos Alberto de Souza Barros, 1971
Um Marido sem… é como um Jardim sem Flores, Alberto Pieralisi, 1972
Como Evitar o Desquite, Konstantin Tkaczenko, 1973
O Marginal, Carlos Manga, 1974
O Supermanso, Ary Fernandes, 1974
Noiva da Noite – Desejo de 7 Homens, Lenita Perroy, 1974
O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão, J.B. Tanko, 1977
As Aventuras de Robinson Crusoé, Mozael Silveira, 1978
A Força do Sexo, Sérgio Toledo, 1978
Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel, Carlos Coimbra, 1979
Os Trombadinhas, Anselmo Duarte, 1979
As Borboletas também Amam, J.B. Tanko, 1979
Mulheres do Cais, José Miziara, 1979
Paixão de Sertanejo, Pio Zamuner, 1979
Os Três Boiadeiros, Waldir Kopesky, 1979
Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro, Antônio Moura Matos, 1979
Boneca Cobiçada, Raffaele Rossi, 1980
O Sexo e as Pipas, José Vedovato, 1981
Tessa, a Gata, John Herbert, 1982
A Difícil Viagem, Geraldo Moraes, 1983
O Filho Adotivo, Deni Cavalcanti, 1984
Anúncio de Jornal, Luiz Gonzaga dos Santos, 1984
Sexo, Sexo, Sexo, Francisco Cavalcanti, 1984
Hans Staden, Luís Alberto Pereira, 1999
Até que a Vida nos Separe, José Saragoza, 2000